Nascida em Xique-Xique, Itamara Damázio lançará seu primeiro livro "A Voz Poética do Cotidiano", dia 17 de janeiro de 2024 em Salvador. Nascida dia 10 janeiro de 1975, sob o sol do sertão de nossa cidade de Xique-Xique-Ba, terra circundada por tantos cactos e belezas singulares, às margens do Velho Chico. Filha do casal, Rosália de Souza Silva e Luís Alves da Silva, moradores da Rua 3, do Bairro Polivalente. Ela é mãe de Lucas e Beatriz e casada com Ubiraci Magalhães Damázio (Bira), também nascido em Xique-Xique onde residem há mais de vinte anos em Salvador-Ba. Na infância, Itamara tomou gosto pela literatura, ao acompanhar sua mãe (na época, secretária do Colégio Polivalente de Xique-Xique, nas férias, dos verões entre janeiro a fevereiro, no período de matrícula desta escola). Lá ficava por longo tempo, na maioria das vezes, sozinha, lendo livros de clássicos, como Machado de Assis, Graciliano Ramos, Castro Alves, Fernando Pessoa, dentre outros tantos. Quando estudou nesta escola, nos anos 80, a ida à bliblioteca se tornou mais frequente e, mesmo após iniciar o Ensino Médio, no Colégio Municipal Senhor do Bonfim, gostava de frequentar a referida biblioteca.
Itamara terminou o curso de Magistério em 1991 e em 1995 iniciou a Graduação em Letras Vernáculas, na UFBA. Morou na Rex (Residência de Estudantes de Xique-Xique por alguns meses e depois por quatro anos na Residência da Ufba). Após concluir a graduação, em 2000, foi aprovada no concurso público para professora efetiva do estado. Trabalhando há muitos anos em Salvador como tal, mas chegou a lecionar no Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães de Xique-Xique, entre 2002 e 2003. Entre 2014 e 2016, desenvolveu uma pesquisa de Mestrado, também na UFBA, com a única Comunidade Quilombola de Xique-Xique, Vicentes, então certificada pela Fundação Cultural Palmares, a qual teve a experiência de contato com visitas constantes, para apresentar a trajetória histórica, cultural e política deste povo na luta pelo reconhecimento da identidade quilombola, na luta pela terra e melhores condições sociais e econômicas de vida. Foi uma experiência ímpar em sua vida: ter conhecido dona Maria da Caixa, à epoca com cem anos (in memoriam), que batia o instrumento “caixa”, em cada noite da Trezena de Santo Antônio, no momento do samba de roda e da roda de São Gonçalo, bem como a fundadora da Associação de Moradores local, dona Bertulina (Bitu), mulheres fortes e de grande representatividade para a história desta comunidade. Essa experiência, com certeza, é um presente em termos de conhecimento e aprendizado, muito mais do que a relação com os estudos teóricos em raça e etnia que o contexto acadêmico puderam me proporcionar.
Sua trajetória de vida, portanto, possui forte relação com o universo do ensino público, o qual muito valoriza, pelo fato de ter iniciado o gosto pela leitura e literatura numa biblioteca de escola pública; ter estudado do Ensino Fundamental ao Ensino Médio na escola pública; passado por uma graduação e Mestrado numa Universidade Pública e hoje ensinar em colégio público, E, mesmo residindo em Salvador, mantém na sua história pessoal e de percurso de vida estreita relação com Xique-Xique, pois contina fortalecendo esssa relação pelas visitas que faz, nas férias, aos seus pais, que aindam moram em Xique-Xique, bem como as visitas à comunidade de Vicentes, a qual tem um carinho especial. "Acrescento a tudo isso, que as experiências de vida e impressões adquiridas em minha terra natal aparecem, através da linguagem e imagens poéticas, nos meus contos e crônicas. Agradeço imensamente a Adriano Britto, meu primo, pelo apoio a atenção na divulgação do meu livro. A voz poética do Cotidiano neste espaço", Itamara Silva Damázio.
RESUMO DO LIVRO “A VOZ POÉTICA DO COTIDIANO”:
As crônicas e contos que compõem o livro “A voz Poética do Cotidiano” começaram a ser gestadas entre 2011 e 2012, quando lancei o olhar sobre o cotidiano das coisas mais simples e inusitadas possíveis, na busca por refletir pormenores de ações vividas por mim e outros, poetizadas pelo universo da palavra, tais como: A experiência com a inesquecível greve de professores do Estado da Bahia, em 2012, o sorriso aberto por diálogos vivenciados com dados amigos e experiências com familiares, a conversa despretensiosa com desconhecidos em um ônibus coletivo, o inusitado que ocorre numa simples caminhada pela rua do bairro, bem como outras situações comuns. Trata-se da metaforização do real, com pinceladas de criticidade e doses de bom humor, no intuito de conduzir os leitores a perceberem que, na simplicidade do nosso do dia a dia, lugar comum neste tipo de texto, podemos realizar boas reflexões, nos divertir, criticar problemas sociais, apontando possíveis soluções e nestes contextos poder aprender.
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