A Equipe de Patrimônio Histórico e Cultural da 47ª FPI/BA visitou os municípios de Gentio do Ouro, Xique-Xique, Barra do Mendes e Irecê, com o objetivo de realizar o diagnóstico do Sistema Municipal de Cultura dessas localidades, verificar o estado de conservação dos bens inventariados no IPAC-SIC para possíveis indicações de patrimonialização e identificar outros bens relevantes. Verificou-se que diversos municípios estão perdendo bens devido a falta de uma política de preservação patrimonial. Muitos estão em estado de arruinamento, como ocorre, por exemplo, no distrito de Santo Inácio, em Gentio do Ouro. Herdeiros deste bens não estariam interessados nos imóveis de suas famílias, que estão se deteriorando com o tempo. Sobre a Igreja de Santana, na Ilha do Miradouro - tutelada provisoriamente pelo IPAC desde 2013 e restaurada em parte em 2016 - está mantida em boas condições, mas necessita da continuidade dessa ação para preservação.
Segundo Roberta Ventura, coordenadora da equipe, há uma relação do bem com a Lenda da Serpente e, por consequência, com as águas do rio. Em Irecê, a equipe visitou um memorial com exposição de fotos que faz uma comparação das imagens dos bens antigos e históricos com imagens atuais do local. "São diversas imagens de vários bens que se perderam. É triste, mas a ação provoca a reflexão necessária para que outros municípios também não percam seu patrimônio histórico e cultural", pontua Roberta Ventura, coordenadora da equipe. Para o superintendente do IPHAN na Bahia, Hermano Queiroz, a participação na FPI reforça a missão de preservar o patrimônio cultural: “É uma oportunidade para se propor e construir uma agenda coletiva, entre diversos órgãos estaduais, municipais e federais, realizando um trabalho não apenas de fiscalização, mas de diagnóstico, educação, estimulando os municípios a criarem suas legislações e sistemas de patrimônio cultural”.
FONTE: FPI-BA.
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